Jean Bodin – Política e Soberania (1530-1596)
Resumo
Principal obra: Da república (1576) – Seis livros
Resumo
Principal obra: Da república (1576) – Seis livros
Bodin e seu Contexto: 1530/1596 – Em teoria política, destaca-se por ser um autor que enaltece o absolutismo, o poder absoluto, e o amplo exercício da soberania. A primeira exposição sistemática da soberania é normalmente atribuída ao jurista francês Jean Bodin. Ele irá defender o fortalecimento do Estado, fato este justificado pelo seu contexto, que era de grande instabilidade política. Mas essa centralização e fortalecimento do poder deverá passar pelas vias objetivas do direito, e não na virtude política (virtú) de um deposta eficaz ou na entrega, pelos indivíduos, dos seus direitos subjetivos a um “Deus mortal” (Estado).
Conceito de Soberania: Bodin preocupa-se em definir o que seja uma república (aqui entendida como Estado). Sua definição virá representando o “conjunto de famílias ou de colégios submetidos a uma só e mesma autoridade”. As famílias (o povo) devem estar reunidos sob a mesma autoridade, de modo que o poder aí já se identifica como uma regência centralizada dos diversos grupos.
Toda república é governada a partir da convivência harmônica de três espécies de leis: a lei moral (foro intimo de cada um), a lei doméstica (aplicada pelo chefe de família) e a lei civil, que se aplica a todos os participes da sociedade política, tendo por âmbito de aplicação as relações entre as famílias.
A soberania é o elemento mais importante caracterizador do Estado, entendida pelo poder supremo sobre os cidadãos e súditos, sem restrições determinadas pelas leis. Segundo ele, a autoridade do rei era concedida por Deus, cabendo aos súditos tão somente a obediência passiva. O direito a soberania é inalienável, pertencente somente ao soberano, ser a representação de um poder absoluto é poder agir com a máxima liberdade possível, no sentido de fazer cumprir as metas do Estado. É preciso que os soberanos possam dar as leis aos súditos e anular ou revogar as leis inúteis para fazer outras. Ter poder absoluto, ser soberano, significa estar acima das leis civis. Ora, nesses termos, a soberania é o cimento das relações sócias sobre o qual se constroem os modos de vida e o convívio em sociedade, sem ela, torna-se impossível a vida organizada politicamente, inviabilizando-se a idéia e o projeto de existência do Estado.
FORMAS DE EXERCÍCIO DA SOBERANIA
A soberania é sempre indivisível , uma e incontrastável , porém o modo pelos quais pode ganhar conformação e ser exercida é que possibilitam essa divisão, em três: uma monarquia, uma aristocracia ou uma democracia.
A sua época a fragilidade e volatilidade do poder estavam evidenciadas. Dos três modos possíveis para se exercer a soberania Bodin prefere a monarquia pelos seguintes argumentos:
a) O monárquico é o Estado mais considerado para a República, pois uma análise histórica revela a predileção dos povos antigos por essa forma de governo.
b) Ela vem das leis de Deus. Grandes personalidade históricas afirmam que a monarquia é o melhor governo e mesmo na lei de Deus é dito.
c) A principal marca da república, que é o direito da soberania, se justifica em um só soberano. Se forem mais de um soberano, ninguém é soberano.
Limitações ao poder soberano
Há algo que a soberania antepõe: são as leis naturais e as leis divinas. O detentor da soberania está submetido à lei divina, segundo Bodin, porque é, antes de nada, um súdito de Deus. O soberano não pode transgredi-la em hipótese nenhuma.
As leis divinas e naturais são, portanto, um parâmetro para definir a diferença entre o monárquico e o tirânico.
Mas a acusação de crueldade, de impiedade e de injustiça no exercício da soberania não pode, em hipótese alguma, justificar a resistência, mesmo que o soberano ordene coisas que são consideradas contrárias às leis de Deus e da natureza. Não há autoridade que possa julgar o soberano, pois isso seria uma afronta a soberania.
Bodin não dá ao povo o direito a resistência, sua escolha é pela manutenção do poder soberano, causa e sentido da ordem social, que é melhor do que outro tipo de governo ou mesmo a descentralização do poder. A anarquia, a desordem, o caos e o desgoverno são males que Bodin quer afastar da sociedade. Por isso a idéia de soberania: indivisível, incontrastável e absoluta.
A idéia de poder absoluto de Bodin está ligada à sua crença na necessidade de concentrar o poder totalmente nas mãos do governante; o poder soberano só existe quando o povo se despoja do seu poder soberano e o transfere inteiramente ao governante. Para esse autor, o poder conferido ao soberano é o reflexo do poder divino, e, assim, os súditos devem obediência ao seu soberano.
valeu!
ResponderEliminaro seu texto serviu muito para o bom inicio do meu trabalho... espero muito que você tenha sucesso na sua vida.
obrigado!
Parabéns pelo blog.
ResponderEliminarvaleu nigga teu blog esta bom de mais
ResponderEliminarParabenizo por essa postagem bem sintética e serviu como um exemplo de base para minha pesquisa!
ResponderEliminarAinda me deu uma ajuda para o meu estudo da cadeira de História das Ideias Politicas e Sociais.
ResponderEliminarCumprs ;)
Você poderia explicar mais sobre a monarquia e a democracia segundo Bodin?? Obrigada e parabéns pelo blog!
ResponderEliminarParabéns deu para entender
ResponderEliminarBom demais
ResponderEliminarobg
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