Principais fundamentos do socialismo cientifico de Marx
As transformações da sociedade como resultado das forças econômicas: A sociedade era formada por uma base chamada de infra-estrutura (que se identificava com a economia), sobre essa infra-estrutura se erguia uma super-estrutura filosófica, política, jurídica, religiosa, moral, formas de governo, etc. A economia em Marx é a quem vai influenciar todas as outras instituições da sociedade. O conjunto formado pela base e pela super-estrutura formava o que Marx chamava de modo de produção, ou seja, a forma como a sociedade produz numa determinada época histórica os seus meios materias de existência. Após um período de formação e apogeu, o modo de produção existente entraria em declínio, em conseqüência, sobretudo de contradições internas de ordem material ou econômica, e acabaria sendo substituído por um novo, que viera se formando lentamente no bojo do anterior. Esse novo modo de produção, por sua vez, já conteria em si os germes de sua própria destruição e de sua substituição futura. Segundo Marx até aquela época os modos de produção existentes tinham sido a comunidade primitiva, o asiático, o escravista, o feudal e o capitalista.
A luta de classes como força motriz imediata da história: a história da sociedade seria da luta de classes; a divisão da sociedade em classe seria determinada por fatores de ordem econômica e, sobretudo, pela existência da propriedade privada. Os interesses econômicos antagônicos estavam na base do conflito entre as classes sociais e essa luta, por sua vez, constituiria a força motriz das grandes transformações históricas. Na antiguidade a luta se travava entre amos e escravos, assim como entre patrícios e plebeus; na idade média, entre senhores e servos e tbm entre mestres-artesãos e jornaleiros. Nos tempos modernos, ocorrera o choque entre a nobreza e a burguesia (revolução francesa de 1789). Finalmente na era contemporânea, a luta entre burguesia e proletariado se transformara na característica fundamental da sociedade capitalista, colocando frente a frente os proprietários dos méis de produção e os detentores da força de trabalho.
Exploração da Mais Valia: Podemos definir Mais valia como a diferença da riqueza produzida pelo trabalhador e o salário pago a ele. Como a riqueza produzida é sempre maior que o salário pago ao empregado, o dono da fábrica sempre fica com uma parte que deveria ser do trabalhador, assim ele forma a sua riqueza. A exploração do proletariado pela burguesia industrial caracterizava-se pela apropriação, por parte dos capitalistas da mais valia. Assim, para Marx, o processo de acumulação de riquezas no capitalismo tinha por base a exploração do trabalho, sendo a crescente miséria dos trabalhadores a contrapartida da acumulação de riquezas pela burguesia.
M.V = R – S
O proletariado como agente de transformação da sociedade capitalista: Durante o antigo regime (absolutismo) a burguesia entrara em luta com a nobreza, com a derrubada da monarquia eliminou-se os entraves do feudalismo, criando condições para o desenvolvimento do capitalismo moderno. A revolução francesa foi o modelo clássico de revolução burguesa. Na sociedade capitalista, essa classe era agora, a um tempo, econômica e politicamente dominante. O proletariado, portanto, era, a classe subalterna que deveria assumir o papel de agente transformador desempenhando pela burguesia no antigo regime. A classe operária seria, em suma, o agente de uma revolução social que criaria condições para a transformação da sociedade capitalista e burguesa em um novo tipo de sociedade. A libertação dos trabalhadores seria uma obra dos próprios trabalhadores.
O advento do socialismo como fase de transição para o comunismo – A construção dessa nova sociedade far-se-ia, portanto, com a substituição do capitalismo pelo socialismo, por meio de uma revolução em que o proletariado conquistaria à burguesia o controle do Estado e implantaria uma nova forma de governo, que Marx chamou de ditadura do proletariado e que extinguiria a propriedade privada dos meios de produção.
O socialismo seria a fase intermediária de transição que caracterizava a passagem Do capitalismo para o comunismo, este último baseando-se na propriedade social dos meios de produção (fábricas, terras, bancos), no fim da exploração do homem pelo homem, na construção de uma sociedade sem classes e no desaparecimento gradual do Estado. O pensamento de Marx e Engels exerceria, a partir da revolução Russa de 1917, uma profunda influência sobre as transformações históricas ocorridas no século XX.
Edson Lariucci
Monitor da Disciplina “História das idéias Políticas”
edsonlariucci@hotmail.com
http://monitoriacienciapolitica.blogspot.com/
(034) 9674-4476
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